28 de fevereiro de 2012

Aflições


No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos.
Ninguém gosta de sofrer.
No entanto, Jesus cristo nos disse: “no mundo só tereis aflições.”
São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.
Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.
Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.
São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.
O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.
Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.
Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.
Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.
Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.
Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço aplicado no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.
E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?
Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço,testes.
Reveses. Inquietudes. Aflições.
Em tudo há sofrimento pois em tudo existe a necessidade do esforço material, de conformidade com o nível evolutivo do mundo em que vivemos.
No mundo só teremos aflições!
São os sofrimentos desse mundo, os empeços materiais que se apresentam.
Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.
Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.
Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.
Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.
Quando desejamos que as coisas não passem, não mudem ou não terminem, sofremos novamente.
Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.
Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.
Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.
Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.
E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.
***
Todos desejamos ser feliz. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, todos desejamos evitar os sofrimentos.
Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para felicidade em coisas pequenas.
Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.
Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.
Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.

27 de fevereiro de 2012

Com Deus você nunca caminhará sozinho!

Não é bom agir sem refletir...



“Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho”. Provérbios 19:2

Talvez uma das coisas mais importantes que podemos fazer para crescer espiritualmente é ter paixão sobre as coisas certas. Nós nos aborrecemos sobre questões inconseqüentes. Ficamos apaixonados por tudo, desde esportes até torta de chocolate. Mas zelo, paixão por uma questão, deve ser ancorada com sabedoria espiritual e entendimento. Podemos ficar nervosos sobre algo e perder por completo a vontade do Senhor porque fomos cegados pelas nossas paixões. Quero ter pessoas zelosas ao meu redor, mas quero que sejam zelosas pelas coisas de Deus e por questões eternas.
Vamos orar: Poderoso e perfeito Deus, às vezes é fácil ficar nervoso sobre algo e depois perder meu zelo no dia seguinte. Ou, por outro lado, perco o rumo e cometo danos terríveis. Querido Pai, por favor, dê-me a sabedora para enxergar o que é melhor, correto e verdadeiro. Santo Deus, quero Lhe servir e honrar e abençoar outros em seu nome. Em nome de Jesus, Amém.

23 de fevereiro de 2012

Amigo incomparável

Quanto vale um amigo? Existem pessoas que costumam dizer que tudo na vida tem um preço.
E assim se propõem a comprar o que almejam, em troca de moedas, cédulas e títulos monetários.
Mas, embora tais criaturas assim pensem, com certeza jamais conseguirão comprar um amigo. Porque amigo é alguém muito especial. É alguém em quem se confia, a quem se entrega a vida, a alma.
O amigo é de tal forma precioso que ao se examinar as vidas de pessoas que se destacaram no mundo, sempre descobrimos alguém que lhes dispensou a amizade doce e pura.
Verificando a vida do grande apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso, encontramo-la recheada de amigos.
Gamaliel, seu mestre, é quem acolhe Paulo depois da visão gloriosa em Damasco. É quem o aconselha a um período de retiro para meditação e amadurecimento.
Ananias, o perseguido por Paulo, é o homem que lhe devolve a visão. É ele quem lhe empresta os primeiros fragmentos evangélicos para que o ex-rabino os copie e estude.
Áquila e Prisca são amigos que o acolhem no oásis de Dan, para onde segue o apóstolo.
Foram amigos fiéis até o fim. Companheiros de muitas lutas e andanças, também eles identificados com os ensinos do cristo.
O evangelista Lucas é outro amigo. Nos anos finais de Paulo é o esteio moral e até físico, vivendo ambos sob o terror implantado por Nero.
Paulo registra sua presença na epístola a Timóteo, a segunda, poucas semanas antes de ser assassinado: “Só Lucas está comigo.”
Ninguém pode dispensar um amigo que é sustentáculo, apoio.
Significa afeição, oásis no deserto, água refrescante ao sedento.
Por isso, agradeça a Deus pelo seu amigo.   Ele representa, em síntese, uma parcela do amor de Deus que se expressa em forma humana, na face da terra.
Mas acima e além de tudo, não se esqueça de um amigo incomparável. Ele se chama Jesus.
Cristo é um amigo à parte. Nenhum outro que a ele se assemelhe.
Os amigos terrenos lançam raízes nos corações, mas acima de todos eles, cristo impera sozinho, incomparável, indiscutível.   Não o esqueça, jamais, nas sombras das suas noites ou na claridade radiosa dos seus dias de alegria.
Você sabia que Jesus afirmou que “ninguém tem maior amor que o daquele que dá a sua vida por seus amigos?”
E que disse também: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando?”
O convite aí está. Atendamo-lo.

20 de fevereiro de 2012

Prece de uma criança

 

Era mais uma noite de rotina naquele lar.
Aquela mãe preparava carinhosamente as camas de seus filhos para que eles se acomodassem.
No momento em que a um deles foi desejar boa noite de sono, fez uma pergunta cuja resposta a surpreendeu.
Com o objetivo de verificar se ele havia cumprido os seus afazeres noturnos, perguntou-lhe se tinha arrumado suas roupas da escola, escovado seus dentes com o devido cuidado e feito sua oração.
A criança respondeu que momentos antes tinha arrumado suas coisas pessoais, feito a higiene dentária, mas que não tinha orado.
Diante da resposta inesperada, a mãe começou a repreendê-lo, explicando-lhe a importância de se fazer a prece diariamente. O garoto de oito anos a interrompeu e lhe disse:
Sabe mãe, não sinto necessidade de orar agora porque eu já rezei hoje em outros momentos do meu dia.
A primeira vez foi quando eu estava indo para a escola. Chovia na estrada. Então, pedi a Deus que protegesse todos os motoristas e as pessoas que andassem nela.
A segunda vez foi quando cheguei à escola. Havia parado de chover, tinha um sol lindo e meus amigos e eu vimos um arco-íris no céu. Pensei que aquela visão era um presente de Deus para nós e O agradeci.
A terceira, foi quando conversei com Deus pedindo a ele que me ajudasse, pois a professora havia passado uma tarefa muito grande e minha mão doía de tanto escrever.
E, por último, quando chegamos em casa depois da escola, vi que nossa cachorrinha tinha melhorado do mal estar. Aí, agradeci a Deus por ela.
*    *    *
Grande exemplo dessa doce criança. Com ela aprendemos a nos mantermos em contínua oração.
Ela nos mostra que o pensamento, quando parte espontâneo, com sentimento, se transforma em prece clara e simples, mais valiosa do que longas orações ditas por hábito, em horários pré-estabelecidos.
Mostra-nos também, através da sua postura, que podemos ter como objetivo um pedido, um agradecimento ou uma glorificação.
Com seu modo de agir lembra-nos que o poder da prece está no pensamento, que não depende nem das palavras, nem do lugar e nem do momento em que seja feita.
Às vezes, sentimos necessidade de estar em um lugar que favoreça o recolhimento, mas não precisamos de um local específico e nem de um tempo determinado. Podemos orar em toda parte e a qualquer hora.
A fé faz um grande bem ao coração e induz a alma à prece. Por isso é muito importante que plantemos nos corações de nossas crianças, desde cedo, essa semente, para que ela cresça e vá se fortalecendo por toda a vida.
Através da prece elevamos nossa alma a Deus e colhemos a certeza de estarmos com Ele, de forma mais íntima, mais estreita.
Pensemos nisso.

Virtudes


De tudo o que Deus criou e que existe no mundo, o mais importante está dentro de você.
São as suas virtudes de esperança, otimismo, coragem, confiança e amor.
Essas qualidades devem brilhar para fazer a sua vida diferente.
Do desabrochar dessas virtudes latentes em seu íntimo, depende a felicidade de muitos.
Deixe-as fluir de dentro de você como um pássaro livre, e perceberá que essa força divina espargirá paz ao seu redor, alcançando a todos aqueles que cruzam o seu caminho.

16 de fevereiro de 2012

Deus e a Felicidade


Uma das coisas que mais o homem busca é a felicidade. E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes.
Esse é infeliz porque não tem dinheiro. Outro, porque lhe falta saúde, outro ainda, porque o amor partiu. Ou nem chegou.
Um reclama da solidão. Outro, da família numerosa que o atormenta com mil problemas.
Um terceiro aponta o excesso de trabalho. Aquele outro, reclama da falta dele.
Alguém ama a chuva, o vento e o frio. Outro lamenta a estação invernosa que não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.
Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade. Afinal, onde será que Deus ocultou a felicidade?
Soberanamente sábio, Deus não colocou a felicidade no gozo dos prazeres carnais. Isso porque uma criatura precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.
Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra, não poderia encontrar a felicidade.
Amoroso e bom, o Pai também não colocou a felicidade na beleza do corpo. Porque ela é efêmera. Os anos passam, as estações se sucedem e a beleza física toma outra feição.
A pele aveludada, sem rugas, sem manchas, não resiste ao tempo. E os conceitos de beleza se modificam no suceder das gerações. O que ontem era exaltado, hoje não merece aplausos.
Também não a colocou na conquista dos louros humanos, porque tudo isso é igualmente transitório.
Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.
Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta.
Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar.
Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura. Brota da sua intimidade. Depende de seu interior.
Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu: “o reino dos céus está dentro de vós.”
Por isso, se faz viável a felicidade na terra. Goza-a o ser que não coloca condicionantes externas para a sua conquista.
É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame. É feliz porque pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido.
É feliz porque tem consciência de sua condição de filho de Deus, imortal, herdeiro do universo.
Não se atém a picuinhas, porque tem os olhos fixos nas estrelas, nos planetas que brilham no infinito.
Se tem família, é feliz porque tem pessoas para amar, guardar, amparar.
Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado.
Se tem saúde, utiliza os seus dias para construir o bem. Se a doença se apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado.
Nada de fora o perturba. Se as pessoas não o entendem, prossegue na sua lida, consciente de que cada qual tem direito a suas próprias idéias.
Se tem um teto, é feliz por poder abrigar a outro irmão, receber amigos. Se não o tem, vive com a dignidade de quem está consciente de que nada, em verdade, nos pertence.
Enfim, o homem feliz é aquele que sabe viver plenamente cada momento de sua vida e que a verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma.

13 de fevereiro de 2012

Que significa a vida?


Certa feita, um jovem aprendiz, sedento das coisas da vida e de seus mistérios, dirigiu-se ao velho sábio da aldeia, interpelando-o:
Mestre, o que significa a vida?
A pergunta, aparentemente simples, fez com que o ancião refletisse profundamente em torno das longas décadas que caminhara pela existência.
A vida, meu filho, é apenas uma escola – Respondeu, calando-se em seguida.
Pela resposta inusitada e breve, o jovem esperou algo mais e, como o silêncio se fizesse longo, não resistiu e tornou a questionar:
Mestre, como pode a vida ser uma escola, se tantos morrem analfabetos, se outros não têm oportunidade de frequentar uma sala de aula e muitos nem sequer entendem a importância do estudo?
No entanto, redarguiu o velho mestre, não há quem passe pela vida sem ter a oportunidade de valiosas lições.
É verdade que muitos se veem analfabetos ao longo da existência ou pouca oportunidade de estudo se lhes apresenta.
Porém, as lições da vida não são somente para o cérebro. Muitas delas e, talvez, as mais importantes, são para o coração.
Quando conseguimos calar perante a ignorância alheia é a lição da humildade e paciência que a vida nos oferece.
Quando nos tornamos solidários, temos compaixão, auxiliando alguém em dificuldade, é a lição do amor fraterno que a vida nos oportuniza.
E quando as dores da alma nos chegam, como a rasgar nossas entranhas, parecendo nos dilacerar e aguardamos e esperamos, é a lição da fé e resignação que a vida nos apresenta.
Assim meu filho, ninguém pode passar pela existência alegando que não teve oportunidades excelentes de aprendizado.
O que pode ocorrer é que muitos de nós somos alunos ainda muito indisciplinados e rebeldes para essa escola abençoada.
Mergulhados nas ilusões de que o mundo é apenas um parque de diversões, no qual se deve usufruir de todos os prazeres fugidios que ele nos ofereça, poucos nos damos conta das importantes lições da vida.
Devemos encarar cada dia que se inicia como nova oportunidade de aprender coisas para a mente, mas também para o coração.
Afinal, dia virá em que seremos convidados a nos apartar do corpo que nos serve, nesta existência, e seguiremos apenas com aquilo que conseguirmos carregar, na mente e no coração.
Por isso podemos dizer que o hoje é a oportunidade para a construção de dias futuros felizes, ou um amanhã de tristezas, quando aportarmos do outro lado da vida.
Tudo dependerá do aproveitamento das lições. E do que guardarmos em nossa intimidade.
Assim, meu filho, podemos dizer que o céu ou o inferno, a felicidade ou a desdita depois desta vida estão somente em nossas mãos, em bem ou mal aproveitarmos as lições desta escola.
Finalizando sua explicação, o velho ancião afastou-se, dando oportunidade para o jovem ficar a sós, repassando na mente as profundas reflexões do mestre sábio.

11 de fevereiro de 2012

Chuvas de Graça

A palavra de Deus precisa de pessoas que a pronunciem, mas quando esse mensageiro é um exemplo.

Por Deus ser justo nós colhemos o que plantamos.

O Tesouro Maior



Eu não sabia o significado de Seus discursos ou de Suas parábolas, até quando Ele não estava mais entre nós.
Mais ainda, eu não compreendi, até que Suas palavras tomaram formas vivas diante de meus olhos, e se transformaram em corpos que caminham na procissão de meus próprios dias.
Deixai-me dizer o seguinte:
Uma noite, enquanto eu me encontrava pensando, e recordando Suas palavras e Seus feitos, para escrevê-los em um livro, três ladrões adentraram minha casa.
Embora soubesse que eles vieram despojar-me de meus bens, eu estava absorto demais no que estava fazendo para enfrentá-los com a espada, ou até mesmo dizer: “O que fazeis aqui?”
E continuei escrevendo minhas recordações do Mestre.
Depois que os ladrões se foram, lembrei-me de Seu dizer: “Aquele que vem para levar vosso manto, deixai que leve vosso outro manto também.”
E compreendi.
Enquanto eu permanecia sentado, registrando Suas palavras, nenhum homem poderia ter-me impedido mesmo que me levasse todas as posses.
Pois, embora desejasse resguardar minhas posses e minha pessoa, eu sei onde está o tesouro maior.
* * *
As palavras inspiradas desse seguidor de Jesus nos fazem pensar sobre os tempos que vivemos na terra.
Num dia temos, no outro não temos mais. Momentos de abundância financeira alternam-se com os de escassez profunda.
O que é nosso realmente? O que nos faz possuidores de algo na Terra?
Tudo, por vezes, parece escorrer de nossas mãos tão facilmente!…
É difícil entender a posse, quando falamos dos bens materiais. Tudo aquilo que julgamos possuir, pode, de repente, pertencer a outro, ou a ninguém mais.
Estão aí as grandes calamidades levando tudo das famílias. Aí está a violência assaltando nossa vida. Tudo aquilo que despendemos tanto tempo para conseguir.
Tendo em mente apenas a visão material da vida, temos motivos para a revolta, para a indignação.
Porém sabemos que a vida não é isso, assim como sabemos que nós não somos o corpo de matéria bruta vislumbrado no espelho.
Somos muito mais… Assim como a existência o é.
Desta forma entendemos esta aparente despreocupação do Mestre, em relação ao Seu manto, quando afirmava: Aquele que vem para levar vosso manto, deixai que leve vosso outro manto também.
O manto era algo importante, um bem de necessidade básica, e mesmo assim a visão espiritual da vida diz: É apenas um manto.
Nosso tesouro maior está na alma, e esse ninguém pode arrancar de nós.
As conquistas que fazemos no campo do intelecto, o alcance das virtudes, os amores que cultivamos ao longo do tempo – nada pode ser retirado de nós.
Evitemos assim apego excessivo às posses que o mundo oferece.
Se a violência bater à nossa porta, deixemos que leve tudo, sabendo que nossa dignidade sempre permanecerá intacta.
Não arrisquemos a oportunidade bendita da existência, por um veículo, por algumas jóias ou por uma grande quantia em dinheiro.
Nada vale tanto quanto a chance de estar vivo na Terra. Nada vale tanto quanto a convivência com quem amamos.


9 de fevereiro de 2012

Jesus te ama pelo que você é, e não pelo que você tem.

Deus sempre está com você!

Um Passeio Pelo Jardim



“Ouvindo o homem e sua mulher os passos do SENHOR Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus entre as árvores do jardim. Mas o SENHOR Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você?” (Gênesis 3:8-9)
(Leia Gênesis 3:1-9 e reflita)

Certos lugares se parecem com esse primeiro jardim. Algo sobre a vegetação exuberante, a hora do dia ou os sons da natureza, tudo provoca em nós o anseio devastador de experimentar o que Adão e Eva desfrutavam a cada dia: caminhar com Deus.

O mundo continua sendo um cenário esplêndido para conhecer a Deus, mas algo mudou. Mudou há muito, lá no jardim. As duas primeiras pessoas desistiram do prazer da companhia de Deus, trocando-a pelos próprios interesses. Elas ouviram o som dos passos de Deus no jardim a procurá-las, em seu passeio usual. Mas ambas haviam pecado. A culpa as oprimiu. Sentiram vergonha diante de Deus. Perderam o relacionamento íntimo que tinham com Ele, e, desde então, lutamos para retomar essa proximidade.

Deus não se escondeu do ser humano; ocorreu o inverso. Envergonhados, temerosos e rebelados, Adão e Eva se esconderam entre as plantas. Deus, porém, foi procurá-los. Ele sabia onde os dois se achavam, mas queria que soubessem que estava disposto a buscar sua companhia. Embora tivesse conhecimento da desobediência de ambos, manteve seu compromisso com eles.

De que amizade maravilhosa foram privados! Que paz perderam! Mas, antes de criticá-los, lembremos quão fácil e constantemente repetimos o erro deles. Tomamos decisões que nos afastam de Deus. Experimentamos momentos maravilhosos de Sua presença que gostaríamos de abrigar e guardar; no entanto, horas mais tarde, voltamos as costas para Ele, tentando calar seu terno sussurro em nossa vida.

O poder na vida de oração flui da presença de Deus em nós. Esse poder não é nosso, mas dele. Não o experimentaremos ou testemunharemos se insistirmos em seguir nossos programas e esquemas. Temos que planejar com seriedade e reverência o local e o momento em que nos encontramos com Deus. Se, deliberadamente, não construirmos a vida ao redor dessas “caminhadas no jardim” com o Senhor, o mundo rápida e inexoravelmente preencherá nossas horas com outros compromissos. Como fez com Adão e Eva, Deus virá procurar-nos. Mas como seria melhor se nos encontrasse esperando, cheios de expectativa! Eu não quero que Ele tenha que me perguntar: ‘Onde está você?’ E você? Quer que Ele lhe pergunte?

Por Stormie Omartian

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